Blog criado como recurso de estudo do curso de Pedagogia Anhanguera Sertãozinho.
Colaboradoras Irene Enildes, Aline Galdino, Simone Castro, Camila Carvalho
Tutor : Sidnei Fernandes
Fizemos
aqui uma breve síntese do pensamento desses autores, porque eles nos mostram
que a atitude do professor, na sua interação com a classe e nas suas relações
com cada aluno em particular, depende da postura por ele adotada diante da vida
e perante seu fazer pedagógico. Essa postura, por sua vez, é o reflexo de suas
concepções, sejam elas conscientes ou inconscientes, sobre o homem, o
mundo e a educação. Isto quer dizer que sua maneira de perceber o mundo,
conceber o ser humano e encarar a educação vai refletir no modo como se
relaciona com seus alunos. De nada adianta conhecer novos métodos de ensino,
usar recursos audiovisuais modernos, se encararmos o aluno como um ser passivo
e receptivo.
Portanto,
nossa forma de ensinar e de interagir com os alunos vai depender do modo como
concebemos e da maneira como encaramos sua atuação no processo de aprendizagem.
A função do professor nesta perspectiva é “desequilibrar os esquemas mentais do aluno”,
oferecer desafio compatível àquilo que conhece. É necessário um mecanismo
contínuo de sondagem dos conhecimentos prévios dos alunos para perceber
necessidades de intervenção.
"Henri
Paul Hyacinthe Wallon nasceu em Paris, França, em 1879. Graduou-se em medicina
e psicologia. Fez também filosofia. Atuou como médico na Primeira Guerra
Mundial (1914-1918), ajudando a cuidar de pessoas com distúrbios psiquiátricos.
Em 1925, criou um laboratório de psicologia biológica da criança. Em 1947,
propôs mudanças estruturais no sistema educacional francês. Coordenou o projeto
Reforma do Ensino, conhecido como Langevin-Wallon – conjunto de propostas
equivalente à nossa Lei de Diretrizes e Bases. Nele, por exemplo, está escrito
que nenhum aluno deve ser reprovado numa avaliação escolar. Em 1948, lançou a
revista Enfance, que serviria de plataforma de novas idéias no mundo da
educação – e que rapidamente se transformou numa espécie de bíblia para
pesquisadores e professores."
Defendeu a idéia da compreensão da criança completa, concreta,
contextualizada, vista de forma integral, isto é, não mais
encarada como um adulto em miniatura, mas sim, como um ser numa etapa de especificidades.
Segundo ele são quatro os campos funcionais que visualizam a criança de
modo “integrado”:
1. As emoções: manifestação
afetiva, relação = interação criança e meio onde está inserida.
2. O movimento: primeiro
sinal de vida psíquica. Vislumbrada em duas dimensões:
a) expressiva: base das emoções, de expressão.
b) instrumental: ação direta sobre o meio físico,
concreto. Voluntário.
3. A inteligência: 1º momento =
sincretismo = misturar as coisas, confusão = não separa qualidade do objeto.
Exemplo: criança de dois anos que tem um colega cujo nome da mãe é o mesmo da
sua, não aceita a idéia (o nome Maria é da sua mãe, não da mãe do outro).
Com as experimentações da criança sobre o mundo,
progressivas diferenciações ocorrem, o que proporciona o ampliar de seu
repertório de categorizações. Isto não quer dizer que nunca mais, após a
infância, estejamos sujeitos ao “sincretismo”. As grandes invenções, as
diferentes idéias surgem de momentos de sincretismo, de mistura, de confusão,
de possibilidades, de criatividade.
2º momento = pensamento categorial = conceitual (acontece na
idade escolar) possibilidade de pensar o real por meio de categorias,
diferenciações, classificações.
4. A contrução do “eu”
como pessoa: Como constrói a consciência de si. Inicialmente o indivíduo
está na fusão emocional – No útero materno, necessidades alimentares ou
posturais têm satisfação automática. Pós nascimento mamãe e bebê ainda são
encarados como um todo, o que representa para WALLON alto grau de sociabilidade
– ela e outro = um só, para depois o indivíduo perceber-se enquanto único, o
que nomeia processo de individuação.
É caracterizado de duas formas:
- imitação do outro =
maneira de “incorporar o outro”, o outro como modelo, referência.
- negação do outro =
para perceber o limite “eu-outro” manifesto meu ponto de vista através de
condutas de oposição, o que representa a expulsão do outro em si mesmo.
Picos desta constituição
acontecem com 3 e 13 anos, aproximadamente, apesar da considerar que esta
diferenciação “eu-outro” nunca é completa, total, ocorre durante toda a vida.
Pode-se assumir, segundo WALLON
que a relação destes quatro campos funcionais não é sempre de harmonia, mas
sim, de conflito.
Lev Semenovitch Vygotsky(1896-1934), advogado e
psicólogo russo, enfatizava o papel da linguagem e do processo histórico social
no desenvolvimento do indivíduo. Sua questão central é a aquisição de
conhecimentos pela interação do sujeito com o meio. Para ele, o sujeito não é
apenas ativo, mas se também interativo, pois adquire conhecimentos a partir de
relações intra e interpessoais. É na troca com outros sujeitos que o
conhecimento e as funções sociais são assimilados.
Pensador
importante em sua área foi pioneiro na noção de que o desenvolvimento
intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de
vida. Veio a serem descobertos pelos meios acadêmicos ocidentais muitos anos
após a sua morte, que ocorreu em 1934, portuberculose, aos 37 anos.
Vygostsky tem como palavra-chave interação social, o que
implica dizer que o desenvolvimento do indivíduo se dá através da relação com o
outro, com o mundo.
O conceito de mediação simbólica trata
do conceito de intermediação, da relação homem-mundo, que acontece através de
duas formas:
a) Instrumentos: objetos, ferramentas criadas
pela necessidade de intervenção do homem no mundo – ação. Se toda produção do
homem é cultura, a encara como alargadora de possibilidades. Exemplo: o homem
precisava percorrer grandes distâncias, inventou o avião, o navio, claro que o
que não está em questão é o tempo que se levou para a constituição final destas
invenções, mas sim, da necessidade atendida através da idealização.
b) Signos / símbolos: são representações.
Exemplo: o símbolo de masculino e feminino. Sentido, significado objetivo. Esta
é a primeira categoria. Na segunda, os símbolos demandam abstrações mais
elaboradas, internalizadas, reflexivas. Exemplos: noção de tempo. E quando
dizemos a palavra mesa. Uma pessoa que escuta já traz em sua memória um desenho
qualquer de mesa, a idéia do que é uma mesa, para que ela serve.
A linguagem, contemplada como instrumento do pensamento,
tem duas funções:
Comunicação: expressão,
intercâmbio social.
Categorização: de
classificação, conceituação do mundo: representa inteligência prática.
Zona de desenvolvimento
proximal
Conceitos atrelados: conhecimento real e conhecimento
potencial
Conhecimento real é
aquele em que há o domínio, aquilo que se conhece, sabe, articula. É passado.
Exemplo: sei fazer arroz.
Conhecimento potencial é
aquele que se pode dominar com a ajuda de outro mais experiente, por exemplo:
apesar de saber fazer arroz, só consigo fazer risoto com a ajuda de minha avó,
pois ela organiza toda a seqüência da receita para que eu não me perca.
A distância entre o conhecimento
real e o conhecimento potencial é chamada de zona de desenvolvimento proximal. É o
“lugar imaginário” onde o professor deve atuar no aluno. Se tivermos 42 alunos
numa sala de aula, teremos 42 z.d.ps diferentes
Vygotsky atribuiu muita importância ao papel do
professor como impulsionador do desenvolvimento psíquico das crianças. A idéia
de um maior desenvolvimento conforme um maior aprendizado não quer dizer,
porém, que se deve apresentar uma quantidade enciclopédica de conteúdos aos
alunos. O importante, para o pensador, é apresentar às crianças formas de
pensamento, não sem antes detectar que condições elas têm de absorvê-las. E
você? Já pensou em elaborar critérios para avaliar as habilidades que seus
alunos já têm e aquelas que eles poderão adquirir? Percebe que certas
atividades estimulam as crianças a pensar de um modo novo e que outras não
despertam o mesmo entusiasmo?
Pesquisar como alguém incorpora
um novo conhecimento, como o constrói foi o pontapé inicial de sua “teoria”.
Postula que ao se deparar com algo novo, o indivíduo tenta remetê-lo a qualquer
coisa com que já tenha tido contato, que já conheça. Imaginemos que nossa
cabeça fosse um gavetão de arquivos, com várias pastas suspensas (que antigo
isto nem é mais usado!) onde categorizamos tudo aquilo que sabemos. Assim que
temos contato com algo novo, é como se abríssemos este gavetão para procurarmos
algo similar, parecido, nas pastas suspensas (categorias) que já possuímos, mas
não encontramos nada similar. A esta primeira estranheza do novo, Piaget nomeou assimilação, isto
é, reconhecer alguma coisa como diferente do que eu já conheço. A partir deste
reconhecimento, do contato com a novidade, da experimentação, o indivíduo
refina seus conhecimentos e incorpora uma nova informação, o que proporciona a
criação de um novo conceito, nova categoria, o surgimento de uma nova pasta
suspensa em nosso gavetão (ou a criação de uma subpasta). A esta nova partição
criada, organizada, sistematizada Piaget chama deesquema. Incorporado
novo esquema mental, assume-se a acomodação, que define um
conhecimento aprendido, incorporado, introjetado.
Vejamos
um exemplo:
Uma
criança de dois anos e meio conhece diferentes cachorros: pretos, marrons,
brancos, de pequeno, médio e grande portes, manchados, lisos, de pelo curto, de
focinhos gelados, rabos grandes, etc. Já tem criado em seu gavetão o esquema
mental“cachorro”. Numa determinada situação esta criança se depara
com um cavalo. Abre seu gavetão mental e procura algo similar. O
que tem de mais parecido é o “cachorro”. Neste momento chama o cavalo de
“cachorro gigante, ou mamãe cachorro que comeu demais”, entre outras hipóteses.
O que importa é que ela tentará “ligar” o cavalo aos animais que já conhece.
Como seu repertório é pequeno, precisará lançá-lo ao conhecido: o cachorro. A
intervenção de alguém mais experiente é essencial: é ele quem possibilitará
novo olhar para este pseudo-cachorro, com perguntas que permitam desafios,
problemas para a criança:
-
Este animal é mesmo um cachorro? Perceba seu focinho. É igual ao do cachorro? E
seu corpo, já tinha visto um cachorro deste tamanho? E as unhas? O rabo é do
mesmo tamanho? Etc.
Enfim,
questionamentos simples farão com que a criança perceba que este já não se
trata de um cachorro, que ele não se enquadra neste esquema mental. Isto
representa assimilação.
Depois
de algumas experiências com cavalos, desenhos, leituras, visualizações,
comparações a criança conseguiu criar nova categoria – cavalo. O reconhecimento
do cavalo equivale ao conceito de acomodação. Agora a criança já sabe o que é
cavalo e o que é cachorro.
Toda esta seqüência acontecida, do olhar algo
novo a apreendê-lo, é o definido como processo de equilibração,
para Piaget.
Podemos constatar que a educação formal da mulher sempre foi proterida,
todos os povos confinaram as mulheres a certos espaços da casa. Enquanto os
meninos saiam bem cedo da tutela da mãe, as meninas continuavam dependendo dela
para a aprendizagem. Mulheres de modo geral não tratavam de negócios nem da
política. Apesar das duras restrições feitas á expressão das mulheres, elas
procuraram um espaço pra se fazer ouvir. Com o desenvolvimento da
industrialização houve significativa ampliação da rede escolar e maior
participação das mulheres. Contudo essas mudanças aconteceram de maneira
irregular conforme a classe e o lugar que pertenciam. No Brasil nenhuma
educação formal era reservada a mulheres. Somente no final do século XVIII, com
atuação do bispo Azeredo Coutinho ,que fundou em Pernambuco o primeiro colégio
para meninas de casa- grande e de sobrado ou seja para as filhas dos senhores
de engenho e para a elite urbana.Até 1930 pouquíssimas mulheres chegavam a cursos superiores . Com o
desenvolvimento industrial do Brasil em 1950 houve um sensível aumento na
procura de cursos do ensino médio para a ocupação do setor terciário. Hoje as
mulheres já constituem maiorias nas universidades e alcançam postos-chave nas
empresas e políticas A educação das mulheres surge tendo em vista o que uma
minoria delas já conseguiu como condição de uma participação nas iniciativas em
matéria de desenvolvimento.
Quem
com pó de giz
Um lápis e apagador
Deu o verbo a Vinícius
Machado de Assis, Drummond?
Quem
ensinou piano ao Tom?
Quem pôs um lápis de cor
Nos dedos de Portinari,
Picasso e Van Gogh?
Quem foi que deu asas à
Santos Dumont?
Crianças
têm tantos dons
Só que, às vezes, não sabem
Quantos só se descobrem
Porque o mestre enxergou
e incentivou...
É
só se faz um país com professor
Um romance, um croquis, com professor
Um poema de amor, dim dim
Um país pra ensinar seus jovens
É, só se faz um país com professor
Um romance, um croquis, com professor
Um poema de amor, dim dim...
http://letras.mus.br/tania-maya/709537
sociedadedospoetasamigos.blogspot.com
ecoeantigos.blogspot.com
Sou formada em Pedagogia, mas antes cursei Magistério,
tenho 49 anos 24 de carreira leciono ciências em escola municipal e estadual
nas séries de 5º a 8º.
Qual é sua
concepção sobre procedimentos pedagógicos como todo no ambiente escolar?
Bom, todo ano o governo fornece livros para os alunos e cada
professor adapta aquele livro para desenvolver atividades em sala de aula, mas
como o conteúdo é resumido cabe ao professor acrescentar outro livro para
ampliar o conhecimento em sala de aula. Na forma de avaliar os alunos, sempre
um ponto é pela participação do aluno nas atividades em sala de aulae os outros
nove pontos são distribuidos em provas, testes, trabalhos e pesquisas, sobre a
questão de aprendizado e disciplina em escola pública, é sempre difícil, mas
não ímpossivel, porque são alunos de temperamentos e natureza diferenciados,
muitas vezes com conflitos no lar e nós como professores precisamos ser
criativos ao desenvolver as aulas, para tornar aqueles momentos em sala de aula
o mais agradável possível para obter do aluno um melhor desempenho.
Sou formada em
Letrase ensino inglês ha dois anos em uma escola particular no ensino médio.
Qual sua concepçãp sobre procedimento pedagógico, formação
docente, avaliação, disciplina em sala de aula, instrução de aprendizagem entre
outros?
È necessário que a escola tenha profissionais que trabalhem
juntos na elaboração dos procedimentos pedagógicos que irá ser aplicado em sala
de aula durante todo ano, com participação dos pais na formação do aluno,
porque a escola depende também do desempenho da família.
O professor precisa ser atual, usar ferramentas que estimulem
o aluno. Hoje a tecnologia esta em alta e se o professor trouxer este
instrumento para a sala de aula com certeza servirá de estímulo para o aluno
aprender o conteúdo e obter um bom resultado nas avaliações. Ser professor é
esta em constante aprendizado, poque todo momento coisas se transformam, se
evolui e nós desta profissão precisamos acompanhar esta evolução.
Diante do que foi
estudado, pergunta a vocês leitores “Qual será o caminho para diminuir as
dificuldades que a escola está enfrentando neste século?”
Referências Bibliográficas
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. São
Paulo Moderna, 1998.
CHAUÍ, Marilena de Souza. Convite á Filosofia. 13ª edição,
São Paulo, Ática, 2009.
HAYDT, Regina Célia Cazaux, “crise na educação: por quê?”, Thot,
n.22, p.45.
É uma ciência que estuda a cultura,
crenças, valores, costumes de diferentes povos do planeta. Apesar de constatada
diferenças entre os seres humanos, existiria uma essência humana, um modelo a
ser atingido por meio da educação. Os filósofos sofistas eram educadores,
estavam voltados para a formação do homem público, capaz de defender com
argumentos suas ideias e convencer os demais. Sócrates desenvolveu um método
que instigava os jovens e a outros a pensar melhor através do questionamento de
perguntas que abririam novas idéias que se encontravam no íntimo de cada
indivíduo. Dar resposta à pergunta sobre o que é o ser humano é básico para
poder dar sentido à vida humana. Ao longo da história são dados diferentes
definições de pessoas, cada uma delas com seus valores e definições.
Epistemologia
A
epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do
conhecimento, também é conhecida como teoria do conhecimento e relaciona-se com
a metafísica, a lógica e a filosofia da ciência. Compreende a possibilidade do
conhecimento, ou seja, se é possível o ser humano alcançar o conhecimento total
e genuíno, e da origem do conhecimento, crenças verdades. Para os aprioristas,
se o conhecimento é uma maneira de entrarmos em contato com a realidade, não
podemos saber se o que conhecemos é verdadeiro ou falso se não tivermos um
critério seguro. E esse critério está em nosso espírito. Para o interacionismo é
pela própria interação que se constituem o sujeito e o objeto. A importância do
,meio, da transmissão dos conhecimentos acumulados e, portanto,do conhecimento
como “”descoberta” de algo que já existe e não como resultado de uma
construção.
Axiologia
A axiologia é a teoria filosófica responsável por investigar
esses valores, concentrando-se particularmente nos valores morais.
Etimologicamente, a palavra "axiologia" significa "teoria do
valor", sendo formada a partir dos termos gregos "axios"
(valor) + "logos" (estudo, teoria). Existe um longo caminho
a ser percorrido na construção da autonomia, seja na moral pessoal seja no
fortalecimento da cidadania, seja na expressão da sensibilidade, como
manifestações plenas da liberdade humana. ”A liberdade de cada um é limitada
pela liberdade dos demais” “Cada sociedade estimula alguns
comportamentos por considerá-los adequados e sujeita outros a sanções de
diversos tipos, desde um olhar de reprovação até o desprezo ou indignação.” A valorização é a experiência axiológica de um
sujeito dentro de uma situação concreta. O ato de valorar é uma tarefa humana e
coletiva que nunca termina.
Referências Bibliográficas
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. São
Paulo Moderna, 1998.
CHAUÍ, Marilena de Souza. Convite á Filosofia. 13ª edição,
São Paulo, Ática, 2009.
HAYDT, Regina Célia Cazaux, “crise na educação: por quê?”, Thot,
n.22, p.45.